Leishmaniose Visceral Canina: O que é, prevenção e controle 22/09/2022 às 15:23:38
Existem dois tipos de leishmanioses: a tegumentar e a visceral. A Leishmaniose Visceral Canina ou Calazar é uma infecção parasitária que prejudica o sistema imunológico dos cães.
A Leishmaniose Visceral é uma Zoonose, o que significa que afeta tanto os humanos, quanto os cães.
Ataca as células do sistema imunológico do animal, se propagando posteriormente até atingir órgãos como pele, figado, rins, medula óssea e baço.
A Leishmaniose Visceral Canina é transmitida pelo Mosquito Palha (Lutzomyia longipalpis) infectado. Considerada de alto poder endêmico, a Leishmaniose Visceral Canina já se espalhou pelo Brasil.
O Mosquito Palha (Lutzomyia longipalpis) é o vetor de Transmissão da Leishmaniose Visceral Canina na América do Sul
Anualmente, o Calazar infecta aproximadamente mais de três mil pessoas, e uma quantidade incontável de cães. Para cada pessoa infectada, estima-se que 200 animais são infectados.
Ao contrário do que muitos pensam, não são só os cães e os humanos que podem ser infectados com o Calazar, mas outros animais domésticos e silvestres também.
A Leishmaniose Visceral Canina é uma doença causada pelo protozoário do gênero Leishmania.
Como é Transmitida a Leishmaniose Visceral Canina?
Como já dissemos, o parasita tem como principal vetor transmissor o mosquito palha (principalmente da espécie Lutzomyia longipalpis). Um vetor é todo ser vivo com capacidade de transportar e transmitir parasitas, bactérias ou vírus a outro ser ou organismo. O mosquito Aedes aegypti é um vetor de doenças como Dengue, Zika e Chikungunya, por exemplo.
No ciclo urbano da doença, o vetor infectado pica os cães e os utiliza como reservatórios, o que aumenta o risco de transmissão para os humanos e outros cães.
Se um inseto sugar o sangue de um humano ou de um animal infectado, a próxima pessoa ou animal a ser picado é infectado com o parasita Leishmania.
Porque os Mosquitos Sugam Sangue?
Após o acasalamento, os mosquitos se alimentam de sangue, pois é das substâncias presentes nele que as fêmeas obtêm os nutrientes necessários para o desenvolvimento dos seus ovos.
Como Prevenir a Leishmaniose Visceral Canina?
O Calazar não tem cura do agente (parasitológica)! Por isso, a prevenção é a forma mais eficiente de combater a Leishmaniose Visceral Canina.
Atualmente, os métodos mais eficazes para combater o avanço do Calazar nos cães são: Uso de repelentes tópicos e vacinação.
A Ceva Saúde Animal desenvolveu dois produtos exclusivos que auxiliam na prevenção da Leishmaniose Visceral Canina:
Leish-Tec– Única vacina do mercado que previne a Leishmaniose Visceral Canina nos cães, com tecnologia recombinante, e;
Vectra 3D– Produto tópico para cães com uma formulação sinérgica inovadora (Dinotefuran, Permetrina e Piriproxifen), que repele o flebótomo transmissor da leishmaniose, além de proteger contra pulgas e carrapatos.
Além disso, evitar acúmulo de matéria orgânica é fundamental para diminuir a população do principal vetor, o mosquito palha.
Como Aplicar o Vectra 3D e Prevenir o Calazar
Após visitar um veterinário, o próprio tutor pode fazer as aplicações do Vectra 3D em casa. Acompanhe!
O Conceito Double Defense da Ceva
O conceito Double Defense da Ceva atua em duas frentes de proteção. Antes, o foco do combate era apenas no parasita, mas já faz muito tempo que o inseto transmissor da Leishmaniose Visceral também entrou na mira da Ceva.
O Vectra 3D protege seu cão por fora com o efeito repelente que evita a picada do mosquito palha. Além disso, o Vectra 3D também protege contra pulgas e carrapatos
E a Leish-Tec age protegendo internamente o seu cão. Trata-se de uma vacina com tecnologia recombinante para prevenção da Leishmaniose Visceral Canina.
Há mais de 10 anos no mercado, Leish-Tec é a única vacina para a prevenção do Calazar no Brasil reconhecida pelo MAPA e pelo Ministério da Saúde.
Em estudo, a Leish-Tech obteve como resultado 96% de proteção individual.
O conceito Double Defense criado pela Ceva é a forma mais eficiente de prevenção e combate ao Calazar.
Porque Usar Repelentes para Prevenir a Leishmaniose?
Todos os mamíferos liberam substâncias que atraem os insetos, como o dióxido de carbono da respiração e o cheiro de suor.
É dessa forma que a fêmea da Lutzomyia longipalpis (transmissor da leishmaniose) encontra os cães e os humanos, por exemplo.
Os repelentes agem para evitar a picada e alimentação dos mosquitos, mantendo-os afastados do cão.
Como Saber se Meu Cão tem Leishmaniose Visceral Canina?
O único profissional devidamente habilitado para avaliar e diagnosticar a Leishmaniose é o médico veterinário.
Nas fotos: 1 – Disqueratinização (seborreia) em ponta de orelha (dermatose marginal) 2 – Hiperqueratose nasal 3 – Úlceras na face lateral de região tarso-metatarsiana de membro membro posterior. Crédito de imagem: Dr. Claudio Rossi e Dr. Maurício Zanette
Órgãos como a pele, os rins, fígado, baço e medula óssea são afetados, entre outros.
Os principais sintomas “visíveis” da Leishmaniose ou Calazar são os problemas dermatológicos, como:
Alopecia;
Úlceras;
Descamações;
Feridas de difícil cicatrização;
Espessamento da pele (hiperqueratose), especialmente, no focinho, ao redor dos olhos e nas orelhas e;
Também é comum o crescimento anormal das unhas (onicogrifose).
Além disso, também se observa a falta de apetite, perda de peso, apatia, formação de ínguas (aumento do volume de linfronodos), lesões oculares e até atrofia muscular.
Contudo, além dos sintomas visíveis do Calazar, ainda existem os sinais clínicos em estágios mais avançados da doença.
Dependendo da evolução do quadro clínico, o animal pode ir a óbito!
O enfraquecimento do sistema imunológico do cão também pode abrir portas para outras doenças e até mesmo infecções oportunistas, como vírus e bactérias.
Porque é Difícil Controlar a Leishmaniose Visceral Canina?
A Leishmaniose Visceral ou Calazar é uma doença silenciosa, e este é um dos principais obstáculos para o seu controle.
Em alguns casos, o cão infectado pelo protozoário Leishmania demora para manifestar os sintomas da doença ou alguns animais podem viver sem apresentar nenhuma alteração clínica. Isso faz com que o diagnóstico seja difícil e assim, o cão fica como um reservatório da doença.
Existe uma grande quantidade de cães infectados, mas que ainda não apresentaram os sintomas. A Leishmaniose Visceral Canina pode ter um período de incubação em média de 6 meses a 2 anos.
Como Tratar a Leishmaniose Visceral Canina ou Calazar?
Não existe cura parasitológica para a Leishmaniose Visceral Canina, contudo, existe tratamento que melhora as condições do animal e evita o avanço da doença no organismo.
O tratamento é indicado na sua forma combinada (multimodal), ou seja, associando-se um fármaco leishmanicida (age eliminando parasitos) associado a leishmaniostático (visa impedir a replicação do protozoário), imunoestimulante (melhora a resposta imune contra o parasito), e/ou imunomodulador, (auxiliar na melhora clínica, diminuindo a resposta inflamatória e formação de imunocomplexos que causam as alterações clínicas).
Reforçamos que a prevenção continua sendo a melhor opção, tanto para seu cão, quando para eliminar a propagação da doença. Converse sempre com o médico veterinário para saber como prevenir e impedir que o seu melhor amigo adoeça.
O que o Conselho Federal de Medicina Veterinária recomenda?
Para os tutores que por algum motivo não possam aplicar o tratamento aos seus animais de estimação é recomendada a eutanásia. Medida prevista no decreto nº 51.838 de 14 de março de 1963.