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CURIOSIDADES
Cães e psicologia também tem tudo a ver: conheça o behaviorismo 13/02/2019 às 21:41:51

Cães e psicologia. Há quem diga que são temas totalmente distantes um do outro. Mas, não são tanto assim. Se hoje seu cãozinho consegue aprender coisas fascinantes com algumas recompensas ou correções é graças a estudiosos da psicologia. Como o chamado ‘behaviorismo’ (ou estudo do comportamento) que é um segmento da psicologia baseado em estímulos que justifica bastante as respostas dos nossos dogs aos treinamentos que fazemos com eles.

Cachorros Filhotes

Nossos cães podem ter mais a ver com psicologia do que imaginamos

Qual é a primeira coisa que você faz se seu cachorro faz xixi no lugar certo? Você o elogia, certo? E se ele fizer no lugar errado? Nossa resposta quase que automática é a raiva, a frustração e, consequentemente, a punição. A voz engrossa, o olhar ficar mais duro e o ‘Não!’ sai firme e forte. Tudo isso o cão sente e é perceptível o semblante de confusão no pet.

Cachorros Filhotes

Nossa comunicação com os cães, no início, pode ser complicada

Porém, imagine há muito tempo atrás, quando as pessoas não sabiam como controlar esse comportamento. Hoje, com os adestradores e as técnicas espalhadas por vídeos de youtube e instagram, nós sabemos bem como lidar com essas situações. Por isso que, em tempos mais remotos, não era difícil ver a agressão aos cães como parte da “educação” aos bichos. Não existia relação nenhuma com cães e psicologia mesmo!

Behaviorismo

Nossa noção de elogiar quando certo e repreender quando errado vem de um princípio psicológico chamado ‘Behaviorismo’ ou estudo do comportamento (behavior é comportamento em inglês).  O conhecido “pai” do behaviorismo é John B. Watson, psicólogo dos Estados Unidos que escreveu o manifesto “A Psicologia como um comportamentista a vê” em 1913.

Cachorros Filhotes

John B. Watson é considerado o pai do Behaviorismo

No documento, Watson defendia a ideia do foco no comportamento dos seres expostos a estímulos, e não processos internos da mente, como estudo da psicologia. Este viés começou a se popularizar e a perpetuar uma série de experimentos em que o objetivo era observar o comportamento e as reações diante de uma determinada situação e não somente o que poderia se passar na mente do indivíduo.

Desta forma, poderia se estudar, na prática, como o ser reage quando exposto a diversos tipos de situações que o expõe a circunstâncias diferentes como: perigo, euforia, fome, ansiedade, alegria, angústia, etc. Além disso, descobriria o que possivelmente poderia ser feito para diagnosticar e, até mesmo, evitar ou incitar estes comportamentos.

O cão de Pavlov

Ok, mas aonde os cães e psicologia se encaixam aí?

Para testar a teoria de Watson, um outro profissional – um médico – chamado Ivan Pavlov, fez um estudo com cães. A ideia era simples e muitos irão identificar de cara o que Pavlov fez naquela época com o que fazemos ainda hoje (só que com outro propósito): antes de colocar comida para os cães, ele tocava uma espécie de sino. Logo em seguida, dava-lhes comida.

Cachorros Filhotes

O experimento envolvia a hora da alimentação dos cães

Desta forma, depois de algumas vezes fazendo a mesma rotina, ao tocar o sino, os cães já começavam a salivar e a ansiar pela comida antes mesmo que ela chegasse até eles. Ou seja, começaram a associar o barulho do sino à comida e, “instantaneamente”, salivavam em demasia, ansiando por ela.

Pavlov no nosso dia a dia

Identificaram essa experiência com alguma coisa do nosso dia a dia? Conseguem correlacionar os cães e psicologia agora?

Quem nunca passou pela engraçada situação de pegar a coleira ou mencionar a palavra “passear” ou “rua” e observar seu cão erguer as orelhas, correr, pular ou fazer qualquer outro movimento de ansiedade para ir passear?

Cachorros Filhotes

Só de mencionar algumas palavras, nossos cães já ficam animados

Ou até mesmo pegou a cumbuca de comida e observou o pet salivar, latir ou até girar ao redor de si próprio?

Tudo isso pode ser provado pelo behaviorismo. Um comportamento que é fruto de um estímulo, de um condicionamento, de um hábito. Da mesma forma, uma repreensão pode condicioná-lo a não repetir o comportamento (porém, cuidado com as punições. O ideal é que sejam direcionadas e guiadas por um profissional).  Por isso que os estudos do behaviorismo colocaram na mesma equação cães e psicologia.

O impacto para os humanos

Porém, Pavlov, através de seu experimento, contribuiu muito com a linha behaviorista, pois, foi através deste estudo, que os psicólogos desta área puderam estudar melhor nossas reações quando estamos expostos aos estímulos externos.

Ele provou que, além dos nossos reflexos naturais – aqueles que nascem conosco, como quando ficamos de frente com um leão por exemplo, nossos músculos retesam, nosso coração acelera, e nosso corpo fica pronto para uma situação de ação – temos também os reflexos que podem ser criados.

E isso teve impacto em várias coisas, inclusive na publicidade e na indústria cinematográfica. Se uma trilha sonora te instiga com um som de perigo, a tendência é que você fique tenso antes mesmo que algo aconteça na sua frente, não é? Behaviorismo puro.

O impacto para os cães

Uma vez já sabendo do que se trata essa linha da psicologia, fica mais fácil identifica-la no adestramento de cães agora. O estímulo positivo é algo que não falha com os cães. Ao descobrir o ‘drive’ do cão (ou seja, aquilo que mais o estimula, sendo um brinquedo ou um petisco), utilizá-lo como recompensa para os comportamentos corretos é a chave para o sucesso.

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O reforço positivo é muito utilizado no adestramento de cães (Imagem: CanineMinded)

Porém, é claro que um adestrador profissional sabe lidar com as técnicas da forma mais precisa possível. Além disso, os profissionais são capacitados para saber o quê e quando exatamente presentear o cão com a recompensa ou quando repreendê-los. O timing (a hora certa) para exercer as técnicas, neste caso, também é fundamental e, se perdido, pode reverter tudo à estaca zero.

 

 

 

 

 

Fonte: (Portal do Dog)






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