A CIA (Central Intelligence Agency), agência de inteligência do governo dos Estados Unidos, realiza um treinamento especial para os cães que formam o seleto grupo dos oficiais K-9. 

De acordo com informações da própria agência, os cães passam por um intenso treinamento de mais de dez semanas para a detecção de explosivos com segurança.

Conheça curiosidades a respeito do treino desses "profissionais" caninos (K-9). Embora boa parte das metodologias e dos princípios dos treinadores da CIA seja muito específica, eles podem ser aplicados ao treinamento de qualquer cão. Veja as dicas:

O treinamento deve ser uma experiência divertida e agradável para você e seu cão. Use qualquer coisa divertida para atrair seu cão: comida, dança, brinquedos, brincadeiras, voz aguda ou o próprio comportamento.

Ao ensinar seu cão, use o que o motiva, sejam brinquedos, guloseimas, pular para cima e para baixo, sejam vozes de desenhos animados. O importante é fazer o possível para chamar a atenção do seu pet e mantê-la.

Na CIA, os treinadores usam petiscos como recompensa — os cães são extremamente motivados pela comida. No entanto, como destacam as informações da própria agência, os animais seguem uma rigorosa dieta de ração durante o dia. Usar voz aguda e feliz chama a atenção e mantém os bichinhos atentos. 

Ao ensinar ao seu cão um novo comando ou truque, observe pequenas mudanças no comportamento dele. Essas pequenas mudanças podem ser o primeiro sinal de que o pet está entendendo o que está sendo ensinado.

Os sinais são sútis, como orelhas em alerta ou um olhar ou inclinação na direção do objeto. Ao aprender a compreender essas mudanças, o tutor pode direcionar melhor os elogios e correções para incentivar a atitude desejada.

No início do treinamento dos cães K-9, os filhotes são ensinados a cheirar um perfume colocado em uma pequena lata no fundo de um galão. À medida que eles começam a descobrir o que significa “procurar”, passam a conhecer os aromas aos quais precisam prestar atenção.

O treinamento deve ser divertido, desafiador e recompensador – tanto para o tutor quanto para o seu cão. Lembre que toda a energia e o entusiasmo mostrados na sessão de treinamento afetarão o seu cão. Como destaca um treinador: “O que você está sentindo corre direto pela coleira até o cachorro”.

E, embora seja importante manter o foco e a energia durante o treino, o relaxamento também é fundamental. Os cães, como as pessoas, precisam de tempo para relaxar.

Como pode acontecer com qualquer pessoa que segue uma rotina, os cães podem ficar preguiçosos e cair em padrões de comportamento repetitivo. O tutor deve observar esse comportamento e interrompê-lo.

Se o cão sempre se senta antes do jantar, tente fazer com que ele se deite, por exemplo. Se treinou o pet para “encontrar” o brinquedo dele, procure esconder em um lugar completamente inesperado.

Uma vez que o cão aprendeu um novo comando ou comportamento, o tutor deve introduzir distrações para ensinar a diferença entre o comportamento desejado (por exemplo, sentar-se na porta da frente) e o comportamento indesejado (fugir para fora assim que a porta da frente se abre).

As distrações podem incluir um obstáculo ao comportamento desejado:  um toque na campainha ou uma pessoa com outro cachorro do lado de fora quando o tutor abrir a porta. Ao fazer isso, é possível dessensibilizar o seu cão a distrações específicas e reforçar o comportamento desejado.

Os K-9 são expostos a centenas de distrações, incluindo coisas como presença de detergente, bicarbonato de sódio e rabiscos de queijo.

Um dos maiores erros que as pessoas cometem ao treinar um cão é ensinar algo a ele e depois abandonar o plano de treinamento. Os cães perceberão inconsistências no treinamento e tirarão vantagem delas.

O tutor precisa se manter consistente com seus comandos, cronograma de treinamento e metodologia. Familiarização e repetição são fatores-chave para um cão aprender novos comportamentos.

Algumas sessões de treinamento fluem bem, enquanto outras podem ser difíceis. Não há problema em fazer uma pausa e retornar à tarefa depois. Tanto os cães quanto os treinadores precisam de tempo livre, e fazer pausas é tão importante quanto o tempo que o tutor e o cão passam treinando.

A energia de um cão flutuará ao longo do dia, mas cada um tem um nível de energia natural.

Alguns cães são extremamente agitados, como um border collie obcecado por bolas, por exemplo – ele pode brincar de buscar o brinquedo por horas e depois correr 16 km. Outros são viciados em sofá.

Um cão hiperativo precisará de mais estímulo e exercício. Vale levá-lo para correr ou brincar antes do treinamento, o que ajudará o cão a se concentrar na hora de aprender.

Um cão de terapia, por exemplo, precisa permanecer calmo e consistente em várias circunstâncias. Portanto, um cão hiperativo e de alta energia pode não ser a melhor escolha nesse caso.

Se ocorrer um erro durante o treinamento, não haverá problema em interromper a sessão mais cedo. Apenas certifique-se de terminar a lição com uma nota positiva.

Mesmo que seja algo simples, que o cão terá sucesso em realizar, é importante terminar com tutor e pet se sentindo bem. Dessa forma, vocês dois ficarão animados e ansiosos pela próxima sessão de treinamento.

 

 

 

Fonte: (R7)