A doença do carrapato nos cães costuma se apresentar de duas formas: através da Erliquiose (causada pela Ehrlichia canis) e da Babesiose (causada pela Babesia canis).
Ambas são causadas por parasitas do sangue, os carrapatos, e transmitidas pela picada. Poucos têm conhecimento, mas a picada dos carrapatos também pode infectar os cães com outras doenças menos conhecidas, como anaplasmose, hepatozoonose e rangeliose, entre outras.
Crédito: Ashcroftvet
Segundo Reinaldo Garrido, médico veterinário da Strix Clínica Veterinária Especializada, em São Paulo, estas doenças causam, principalmente, a diminuição de células do sangue. “O cão que é infectado demonstra-se apático, prostrado e sem apetite, porém, estes são sintomas comuns de várias doenças. Por isso é necessário fazer uma avaliação com médico veterinário e alguns exames de laboratório para diagnosticar a doença. O tratamento tardio ou incorreto pode trazer sequelas permanentes no cão, e o não tratamento pode levar o cão a óbito”, alerta.
Outros sintomas relacionados são: vermelhidão e irritação dos olhos, fezes pastosas com sangue, sangramento pelo nariz e manchas roxas na pele. “Também existem indícios menos conhecidos, relacionados à inflamação dos pulmões e do coração, podendo causar dificuldade respiratória e alterações nos batimentos cardíacos. O aumento do tamanho do baço também é comumente percebido no exame físico.
Nos exames de laboratório são observadas diminuição das células vermelhas (as hemácias), no caso da babesiose, e no caso da erliquiose observa-se a diminuição dos números de plaquetas e leucócitos (células de defesa)”, explica o veterinário.
À esquerda, o carrapato-vermelho-do-cão. À direita, o carrapato-estrela, este segundo ataca, principalmente, os cavalos. Crédito: Wikimedia Commons
O transmissor, tanto da babesiose quanto da erliquiose, é conhecido popularmente como carrapato-vermelho-do-cão (Rhipicephalus sanguineus). Uma confusão que existe é que ele não é o carrapato-estrela, aquele que pode transmitir doenças aos cavalos.
A melhor forma de evitar a doença é a prevenção contra carrapatos com o uso de produtos chamados pour-on, que são parasiticidas, aplicados na pele do cão — mais precisamente, no dorso. A repetição do uso é recomendada a cada 30 dias ou de acordo com a prescrição do veterinário. “Há também comprimidos administrados via oral para prevenção de carrapatos, podendo ter seu efeito por até dois meses, de acordo com os fabricantes”, afirma Garrido.
O uso de coleiras também é indicado, mas o prazo de troca delas deve ser respeitado, seguindo a indicação dos fabricantes.
Fonte: (Pet Cidade)